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Produção teórica da equipe do ILUMILUTAS

Livros
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TEATRA DA OPRIMIDA: últimas fronteiras cênicas da pré-transição de gênero

Dodi Leal (Porto Seguro: UFSB, 2019)

Queremos ressaltar a intenção de estimular a reflexão crítica sobre os temas reunidos nesse compêndio, de modo a transcendê-los, como por exemplo, em relação ao estatuto da categoria gênero presente nas diversas esferas da vida social, inclusive a prática teatral (…) venho questionando atualmente a transição de gênero da área teatral. O teatro, em sua história, nas hierarquias e em seu pensamento, sempre foi predominantemente masculino e cisgênero. O Teatro do Oprimido não está alheio a este processo, que tem uma dinâmica estrutural na sociedade. A necessidade de afirmar o feminino na área provocou-me a formular em minha tese de doutoramento o termo teatra. (…) Notamos aqui uma pontual contribuição desta obra nos estudos de TO enquanto indicação de caminho de revisão de seu repertório e de suas epistemologias na direção da Teatra da Oprimida.

Prefácio: Alexandra Gouvêa Dumas (Professora do curso de Artes Cênicas da UFBA - Universidade Federal da Bahia)

Transfácio 1: Ave Terrena Alves (Professora do curso de Dramaturgia da ELT - Escola Livre de Teatro de Santo André/SP)

Transfácio 2: Pedro Pires (Psicólogo terapeuta no consultório Cuide-ser em São Paulo/SP)

Posfácio: Aline Nunes (Professora do curso Artes do Corpo em Cena da UFSB - Universidade Federal do Sul da Bahia)

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LUZVESTI: iluminação cênica, corpomídia e desobediências de gênero

Dodi Leal (Salvador: Editora Devires, 2018)

A luz tem um papel fundamental enquanto escritura de gênero na cena teatral, seja na composição contrastiva com as sombras no corpo, seja no que se refere à seletividade e modulação que promove a respeito dos artefatos normativamente considerados na arquetipia masculina e feminina. A contrassexualidade de Paul Preciado é aqui levada a cabo no sentido de retirar de foco as formas monossexuais e cardapialista das siglas para um caminho de desobediência de gênero. Desvendar em cena as possibilidades do corpo e do gênero que rompam com as normatividades exige visualidades teatrais que expandem a performatividade cis naturalizada. É neste sentido que a luz cênica assume seu papel expressivo mais fundamental para desobediência de gênero no corpomídia: ao instaurar-se enquanto força lírica de visualidade cênica. Um livro pensado a partir das transgeneridades, escrito por uma travesti pesquisadora das artes cênicas, visa expandir os fazeres e dizeres da luz que se faz sobre o gênero: no corpo e na cena.

Prefácio: Roberto Gill Camargo (Professor de Iluminação Cênica da UNISO - Universidade de Sorocaba)

Posfácio: Marcos Bulhões (Professor de Performance e Encenação da USP - Universidade de São Paulo)

Artigos
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ILUMILUTAS: tecnopolíticas da iluminação cênica, pedagogia crítica da luz e visualidades de corpos não-hegemônicos

Dodi Leal (Florianópolis: Revista do Programa de Pós-graduação em Teatro da UDESC - Urdimento, vol.1, n.37, 2020)

Resumo: O texto sintetiza o primeiro ano de trabalho do ILUMILUTAS, projeto de pesquisa e extensão ligado ao curso de graduação em Artes do Corpo em Cena da Universidade Federal do Sul da Bahia, no Campus Sosígenes Costa. Fundado em 2018, o grupo tem como marca o cruzamento dos estudos da iluminação cênica com os processos sociais, desempenhando ações de investigação teórica e de suporte artístico laboratorial das matizes de luz e gênero, luz e sexualidade, luz e classe social, luz e processos étnico-raciais, etc. Sendo o primeiro projeto pedagógico de iluminação cênica no país dedicado exclusivamente aos processos sociais, o ILUMILUTAS destaca-se por assumir a pesquisa das visualidades da cena a partir de corporalidades não-hegemônicas, instaurando no campo da luz uma episteme tecnopolítica e uma pedagogia sócio-crítica.

Palavras-chave: Pedagogia crítica da iluminação; luz e lutas sociais; corporalidades não-hegemônicas; visualidades da cena

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CORPO EM VISUALIDADES DIASPÓRICAS: Dimensões políticas e estéticas da luz cênica

Dodi Leal (Uberlândia: Revista do Grupo de Estudos e Investigação sobre Processos de Criação e Formação em Artes Cênicas, GEAC; Programa de Pós-Gradução em Artes Cênicas da UFU - Rascunhos: Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas, vol.6, n.2, 2019)

Resumo: A luz como encruzilhada do corpo tem sido um aspecto fundamental de encenações contemporâneas que buscam visualidades dissidentes. Quais os traços de expressão visual de corporalidades diaspóricas? Como desmontar poeticamente um corpo caracterizado por processos performativos étnico-raciais e de gênero hegemônicos? Este artigo pretende discutir o papel da iluminação cênica na construção de visualidades diaspóricas a partir de suas dimensões políticas e estéticas. Pretende-se verificar o potencial da luz cênica em apurar efeitos visuais de corporalidades em suas incidências indisciplinares. Trataremos, então, de três aspectos da iluminação cênica como encruzilhada do corpo: sincretismo, abstrusidade e contágio. Almejamos, assim, refletir sobre os vetores sensíveis da luz cênica na expressão visual de corporalidades diaspóricas no quadro da produção teatral, de dança, cinematográfica e performativa.

Palavras-chave: Iluminação cênica, Poéticas do corpo, Visualidades diaspóricas.

Revista Urdimento
Tochas e coralidades na experiência visual de gênero em cena: dispositivos pedagógicos da luz na recepção teatral

Dodi Leal (Florianópolis: Revista do Programa de Pós-graduação em Teatro da UDESC - Urdimento, vol.1, n.34, 2019)

Resumo: O manejo de objetos emissores de luz por espectadores/as tem sido uma proposta recorrente em produções teatrais contemporâneas. O que se observa destas produções é que a participação da recepção a partir da interatividade da luz gera uma situação que ressalta o estado de improviso da cena bem como a autoralidade do público na obra teatral. Ao mesmo tempo, outro aspecto fundamental da inscrição da luz da cena via recepção é a imprevisibilidade permanente e os riscos de sustentação coletiva da visualidade teatral. Este artigo discorre sobre o fator pedagógico dos dispositivos da iluminação cênica no contexto de colaboração formativa com a recepção teatral. Alguns apontamentos são feitos a partir da performance A Cabeça da Cassandra, do Coletivo Carmim (Campinas, 2017 / Porto Seguro, 2018), na qual a luz cênica forjada pelo público é aspecto nevrálgico na experiência visual de gênero.

Palavras-chave: Iluminação cênica, Pedagogia das Artes Cênicas, Recepção Teatral, Visualidades de Gênero.

Revista ASPAS
Iluminação cênica e desobediências de gênero

Dodi Leal (São Paulo: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da USP - ASPAS, vol.8, n.1, 2018)

Resumo: Este texto apresenta alguns achados de pesquisa de doutorado recém-concluída sobre transgeneridades e recepção teatral. Um dos aspectos nevrálgicos dos resultados da investigação é o potencial performativo da luz cênica como força lírica de expressão das visualidades de desobediências de gênero. A partir da crítica ao paradigma patológico de “transexualidade”, que reduz a amplitude das transgeneridades à modificação corporal, aventamos a corruptela “luzvesti” (luz + travesti) como operadora do aparato estético da iluminação cênica sobre desobediências de gênero. Nessa mesma direção, embasando-nos em uma perspectiva contrassexual, a ideia de diversidade sexual representada por siglas éposta em xeque em seu produtivismo cardapialista, monossexual e em escala. A partir da análise dos efeitos de luz das encenações A demência dos touros (Cia. Teatro do Perverto, 2017) e As 3 Uiaras de SP City (Laboratório de Técnica Dramática, 2018), tendo ambas abordado as transgeneridades como problemática urbana, pretende-se neste artigo indicar os aportes da iluminação cênica ao redimensionamento teórico dos estudos de gênero a partir das visualidades. Assim, o que se entende por autodesignação identitária em função do desejo ou de práticas sexuais passa a ser tensionado com processos subjetivos e sociais de performatividade e de recepção contrassexuais, percebendo a luz como um elemento de desenho espacial do gênero. A iluminação como traje de cena (vestir-se de luz) éentão vista como uma possível resultante espacial de desobediência de gênero entre a dramaturgia da luz e a atuação da recepção teatral.

Palavras-chave: Iluminação cênica, Transgeneridades, Contrassexualidade, Performance de gênero, Recepção teatral.

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PEDAGOGIA DE PROGRAMAS PERFORMATIVOS: 'Pacote de Performances de Autocuidado e de Proteção'

Caz Ångela Apolinário Arruda Rodrigues e Dodi Leal (São Paulo: REBENTO: REVISTA DAS ARTES DO ESPETÁCULO, Instituto de Artes da UNESP, n.11, 2019)

Resumo: Este texto aborda questionamentos a respeito do desenvolvimento de programas performativos no contexto da educação em artes em nível superior, levando em conta as ações desenvolvidas no projeto "Pacote de Performances de Autocuidado e de Proteção", contemplado pelo Edital 08/2019 da Pró-Reitoria de Sustentabilidade e Integração Social da Universidade Federal do Sul da Bahia, Campus Sosígenes Costa (Prosis - UFSB/CSC). Discute-se as noções de risco, resiliência e sobrevivência, na expressão das pessoas trans e populações minorizadas por meio da arte da performance, no contexto formativo, com a colaboração dos estudos de Badiou (2002) e Leal (2018). A conceituação emprega ainda as proposições de programa (FABIÃO, 2013), biografema (BARTHES, 1984), corpoema e cenas fulgor (PAULA, 2016), para descrever e comentar as ações realizadas, na perspectiva de uma pedagogia do risco.

Palavras-chave: Pedagogia da Performance, Programa Performativo, Transgeneridades.

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